quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Moça...

Ei moça
Quem é vivo...
Sempre mesmo
Mas é que a semana foi dura
Pensar em ti em três turnos
É pesado pra mim
Fazer o que?
"O dia insiste em nascer"
E em cada manhã eu ganho
Ganho um sol pra nós
Ganho uma nuvem
Tão alva e tão leve
Que de vento em vento
Forma uma nova figura
Figuras diferentes...
Horas você... Outras também
Sempre se modificando
E nossa vida é meio assim
Uma poesia branca
Uma nuvem branca
Que modifica-se com os sopros
Porém não são em branco
A cor só mostra o que somos
Sem máculas, sem raiva
Assim que deve ser
Você sabe que é difícil
Às vezes não abro as janelas
Mas é que o sol anda muito forte
E com ele nem filtro 70
Talvez uma dia eu pire
E vá pra rua assim mesmo
Ou espere o inverno
Ele traz nosso sereno
Só assim eu não me queimo
Enquanto não chega, vou olhando
Por entre minhas cortinas
Aguardando cair a noite
Pra te tocar, enfim
Tá perto, né moça?
Diz isso, simples assim
Fala num verso qualquer
Tudo o que eu quero ouvir
Embora para o Sol, mulher
Moça se fez para mim