sexta-feira, 27 de julho de 2007

Tabuleiro do amor...

O amor é um jogo
Ausente de regras
Sem juízes, sem juízo
A dois é normal
Mas se ninguém controlar
Três ou mais, vai duvidar?
Dedicar-se a uma pessoa é difícil
Mais que isso, quase impossível
As duas têm o encanto
Pelo menos enquanto separadas
Não fisicamente, mas na mente
Posso subdividi-las
Odeio comparações, mas é inevitável
A primeira me tem amor
Isso é fato consumado
E talvez por isso seja a primeira
A segunda não dá pra saber
Há uma tênue linha entre o amor e a amizade
Complicada demais, mas joga bem
A primeira ama errado
Muito medo pra pouca coragem
Além de jogar com outro, que não nós
A segunda está emancipada
E usou a liberdade para se ausentar
Até já pensei em buscá-la
Mas no cofre que ela está presa
Ninguém imagina o segredo
E por aí vai o amor
Todo mundo jogando
Fazendo se charme...
Tic-tac, tic-tac, tic-tac...
No meio da disputa lembrei-me
Lembrei que esqueci de viver
Preocupei-me em jogar
Agora não tem mais volta
O tempo é assim
Vou pensar no futuro
Que provavelmente não me pertence
Farei projetos!
Está na hora de escolher
Entre uma e outra
Tenho que arriscar ser feliz
E aí? Escolho...
O prazer ou o desejo?
A satisfação ou o contentamento?
A inteligência ou a sabedoria?
A risada ou o sorriso?
O doce ou o meigo?
A falha ou o pecado?
Quantas perguntas...
Todas sem respostas
Como resolvê-las?
Só jogando um pouco mais
Vou seguir errando
Porém tentando descobrir
Por que o amor não se resolve
Como em um arremesso de dados
Sempre traçando caminhos mais longos
Contrariando qualquer coerência
E no fim é o que todos querem
Amar sem lógica, sem razão...
Outra partida?