segunda-feira, 30 de julho de 2007

Gênesis...

O amor não existe
Enfático dizer o óbvio
Tão claro que ninguém diria
Nunca o viram
E aos céticos é o bastante
Mas há algo mais aí
Aquilo que as retinas perderam
Todo sentimento é invisível
Fator interno que nem o avesso vê
Porém você sente
Sente... momentos... sentimentos...
Contêm o amor
O favorito das pessoas
Aquele que ilude mais
E dá mais sabor para a vida
Saboroso passar o tempo amando
Então inventem mais amores
Pois sem inventar, ele não vai haver
O amor não é poeta, mas poesia
O amor não é músico, mas canção
O amor não é ator, mas cena
O amor não é choro, mas lágrima
Não é matéria
Mas todos os produtos
Pra se ter um amor é bem simples
Primeiro você ama a idéia
Depois comece a amar o amor e o próprio amar
O amor não existe
Até que se crie
Ou até que se ame...

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Pro-esia In versa para garfada...

Poesia é poesia
Prosa é prosa
Regra é regra
Segue-se ou não
Vou dizer que talvez
Só em nome da contradição
Por que não sincretizar
Como Wally Salomão?
Versos pra que te quero
Se posso fazer estrofes
E pra que te quero
Se posso fazer um texto
Texto ou poesia, ou um poema...
Ou o que alguém decida nomear
Pra que tantos nomes?
Tudo tem que ter uma embalagem
Enquanto ninguém experimenta o produto
Experimenta! Experimenta!
Lembra da cerveja?
Então, meu irmão!
Beba! Leia!
Tudo, vamos! Embriague-se!
Troque as pernas e as letras
Mude os gêneros
Altere os padrões
Poesia em prosa
Versos em parágrafos
Português no universal
Tudo são letras, meros códigos
O que importa mesmo é o amor
Amor pela escrita
Amor na intenção
Se A-B-B-A, A-B-A-B
Não importa nem um pouco
O de menos é rimar
Se o bom é vibrar
Na freqüência de cada coração.

Tabuleiro do amor...

O amor é um jogo
Ausente de regras
Sem juízes, sem juízo
A dois é normal
Mas se ninguém controlar
Três ou mais, vai duvidar?
Dedicar-se a uma pessoa é difícil
Mais que isso, quase impossível
As duas têm o encanto
Pelo menos enquanto separadas
Não fisicamente, mas na mente
Posso subdividi-las
Odeio comparações, mas é inevitável
A primeira me tem amor
Isso é fato consumado
E talvez por isso seja a primeira
A segunda não dá pra saber
Há uma tênue linha entre o amor e a amizade
Complicada demais, mas joga bem
A primeira ama errado
Muito medo pra pouca coragem
Além de jogar com outro, que não nós
A segunda está emancipada
E usou a liberdade para se ausentar
Até já pensei em buscá-la
Mas no cofre que ela está presa
Ninguém imagina o segredo
E por aí vai o amor
Todo mundo jogando
Fazendo se charme...
Tic-tac, tic-tac, tic-tac...
No meio da disputa lembrei-me
Lembrei que esqueci de viver
Preocupei-me em jogar
Agora não tem mais volta
O tempo é assim
Vou pensar no futuro
Que provavelmente não me pertence
Farei projetos!
Está na hora de escolher
Entre uma e outra
Tenho que arriscar ser feliz
E aí? Escolho...
O prazer ou o desejo?
A satisfação ou o contentamento?
A inteligência ou a sabedoria?
A risada ou o sorriso?
O doce ou o meigo?
A falha ou o pecado?
Quantas perguntas...
Todas sem respostas
Como resolvê-las?
Só jogando um pouco mais
Vou seguir errando
Porém tentando descobrir
Por que o amor não se resolve
Como em um arremesso de dados
Sempre traçando caminhos mais longos
Contrariando qualquer coerência
E no fim é o que todos querem
Amar sem lógica, sem razão...
Outra partida?

Brasília...

- Questão de ordem, excelência!
Ordem? Em Brasília? No Brasil? Acho que não. O lema aqui é parecido com o positivismo da bandeira, aqui é “Ordem OU progresso”. Ninguém sabe mais quem é aliado de quem, ou quem são os honestos e os corruptos.
Misturou-se tudo nessa salada podre que alimenta a banda mais podre ainda do país, a classe média alta. Média alta? Pra você ver que até na nomenclatura do patamar social eles querem defender o seu arrogante status de “indissolúveis”.
Brasília está em estado de putrefação e é cercado por urubus que não desistem de buscar o último pedacinho de carne morta que encontrarem. Desde que foi fundada, vemos esse cenário triste, repleto de usurpadores do dinheiro público.
O que mais me entristece é que não há uma rotatividade política, como sugere a democracia. Mas, acabam-se os mandatos, trocam-se os partidos, mas sempre vemos as mesmas pessoas, que quando morrem, deixam como sucessores os seus parentes, como foi o caso do ex-senador da República, pelo estado da Bahia, Antônio Carlos Magalhães, falecido há pouco.
É uma pena que medidas simples como uma reforma política não vão ser tomadas, pois não são convenientes aos políticos, afinal de contas, essa “festa da uva” propicia a eles uma liberdade de fazer o que quiser com o nosso país. Nós os elegemos como representantes, agora temos de arcar com os prejuízos.
Porém, a maneira com que pagaremos é que deve ser revista. Ver tudo de braços cruzados, na Rede Globo de 20h15 até 21h não vai mudar nada. Votar em pitorescos como o Clodovil (Apresentador de TV, Costureiro), Débora Soft (Striper e Profissional do Sexo), Robgol (Artilheiro do Paysandu-PA), Frank Aguiar (Cantor de Forró e Imitador de cachorro) e Bode Iôiô (Personagem elementar da História do Ceará), também não mudará nada!
Alguém lembra de um jovem médico, nascido na Argentina, que largou sua riqueza por um ideal? Ele sem chamava Ernesto. Espelhem-se nesse rapaz, ele mudou o mundo. A gente também pode!

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Caça às bruxas...

O Brasil está submerso na lagoa imaginária do caos e do sensacionalismo. Uma época de terrorismo especulativo da mídia, que por sua vez, não sente o menor pudor em acusar as pessoas, sem provas e sem o, legítimo, direito de defesa.
Não é de hoje que temos uma imprensa nefasta que se esconde pusilânime nos momentos de prosperidade, mas que nas grandes tragédias e nos escândalos, que ela mesma atribui os nomes, saem de seus esconderijos, disparando tiros de “você é culpado” de uma metralhadora que dizima qualquer possibilidade de ética jornalística.
O caso do, lamentável, acidente com o avião da TAM é o novo foco jornalístico e todos já decidiram que Lula derrubou o avião. É bem verdade que ele, por ser o líder da política nacional, como sempre, foi omisso e tudo que acontece de ruim, relacionado a infra-estrutura, é de responsabilidade do presidente. Então, Lula também é culpado.
Mas, o que eu quero que todos saibam é que não dá para acreditar no que a TV divulga. Hoje, está consumado! A imprensa abandonou a bandeira da imparcialidade e agora apóia, de forma descarada, uma oposição, que todos sabemos, passou anos e anos no poder e o único legado que nos deixou foi um estado mínimo que cedeu tudo o que tinha para a devastadora política neoliberalista.Vamos lamentar os mortos da TAM, sim. Mas, fazer isso como um ato político é nojento! Não aceitem isso e comecem desligando seus televisores, por que quem está nos grandes veículos de comunicação, tem apenas uma intenção, deturpar os fatos, usando você como cobaia

terça-feira, 24 de julho de 2007

Tratado de recesso...

Você está tão longe de mim
São vinte minutos de distância
Ou oito números que deviam nos ligar
Quem sabe semana que vem
Pode ser até na vida que vem
E assim vamos nós
Distantes por que queremos
Ninguém mais decide isso
Quero você, mas não vou dizer
E você me quer, mas não vai dizer
Silêncio, por favor!
Sem pronunciamentos
Chega de declarações
Ela pode me escutar
Aí eu posso me comprometer
Melhor eu nada falar
Pois se ela ouvir...
E se acreditar?
Prefiro não confessar
Amar, de longe, é mais seguro
Dá um pouco mais de dor
Mas, o que não dói em mim?
A alma, o coração, o corpo, o ser...
São só dores...
Reprimidas no cansaço
Sufocadas por amores
E pelas desculpas que não serão
Você não vai me pedir, nem eu
Vou sempre te querer, você também
Nunca vou te contar isso, você muito menos
O único laço restante é o nosso trato

Eu te amo de cá
Tu me amas daí
Os dois brincando de sorrir
Mas, com vontade de amar

Até quando, moça? Ei moça, até quando?
Não sei a data, invento
Entrego ao vento e ao tempo
E o que parece no fim, pode estar apenas começando
...

sexta-feira, 13 de julho de 2007

É tua...

Quando acordo, busco algo pra fazer
Que me faça sonhar
Que me instigue a levantar
E não se oponha ao meu querer
É muito bom ter um motivo
Uma razão, um incentivo
Pra que eu venha a me apoiar
E quando me vir perdido
Não encontre o desespero
Por que são nesses momentos
Onde não há saídas visíveis
Que preciso me descobrir
E você sempre me achou
Sempre me fez procurar uma boa razão
Uma explicação porque nada é como quero
Nas voltas que o mundo dá
Tudo se embaralha
Só pra depois se organizar
São nessas idas e voltas
Nessas subidas e descidas
Que eu revejo o motivo
O que parece ser distante
Mas por ser tão importante
Já se tornou indispensável
E no próximo giro do planeta
Vai aproximar-se de novo
Reluzindo o que era opaco
Preenchendo o que era oco
Mas agora eu sei um jeito
Pra que tu não vás embora
Vou te abraçar tão forte
Impossível de desvencilhar-se
E se a Terra quiser rolar
Persistindo em te afastar
Não vai fazer com que eu te solte
Nem que pra isso fiquemos tontos
Com a mania de ela girar
Por que nem ela pode acabar
“Se temos muito por fazer,
E se apenas começamos...”.

p.s. Tenho postado uma carga excessiva esses dias, mas é porque mais um recesso chegou! Heauheuaheuaheuhaueaha Até breve...
Pré-universitário = sub-raça
Mas eu já passei da primeira fase, em breve serei gente!

p.s. Como em todas as minhas pausas aí vai uma letra da minha banda preferida, Los Hermanos, e que agora que eu percebi que tem muito a ver com a poesia...

Conversa De Botas Batidas
Los Hermanos
Composição: Marcelo Camelo
- Veja você onde é que o barco foi desaguar
- a gente só queria o amor...
- Deus parece às vezes se esquecer
- ai, não fala isso, por favor
Esse é só o começo do fim da nossa vida
Deixa chegar o sonho, prepara uma avenida
que a gente vai passar
- Veja você, quando é que tudo foi desabar
A gente corre pra se esconder...
- E se amar, se amar até o fim
- sem saber que o fim já vai chegar
Deixa o moço bater que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos pra um amor de tantas rugas
não ter o seu lugar
Abre a janela agora, deixa que o sol te veja
É só lembrar que o amor é tão maior
que estamos sós no céu
Abre as cortinas pra mim
que eu não me escondo de ninguém
O amor já desvendou nosso lugar
e agora esta de bem
Deixa o moço bater que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos pra um amor de tantas rugas
não ter o seu lugar
Diz quem é maior que o amor?
Me abraça forte agora, que é chegada a nossa hora
Vem, vamos além.
Vão dizerque a vida é passageira
Sem notar que a nossa estrela
vai cair

Rock N'Roll...

Não sou assim o que se pode chamar de “homem experiente”, mas no auge dos meus dezoito anos de idade, posso afirmar que existe uma coisa que me instiga o prazer e faz com que eu busque cada vez mais embasamento, falo da música, principalmente do Rock N’Roll.
Hoje é o dia internacional do rock, que fora a lembrança não sugere nada de mais (assim como todas as outras datas comemorativas). Mas já que o lembrete é válido, então não custa nada ressaltar a importância do Rock N’Roll que ultrapassa os limites de gênero musica, tornando-se uma filosofia de vida.
É impossível afirmar, ao certo, a origem do Rock, mas existem teorias, das quais as mais coerentes, mesclam a mistura de ritmos oriundo do continente africano com o, não menos fantástico, blues. Mas isso não faz muita diferença já que o Rock N’Roll, como o próprio nome já sugere, são rochas que rolam e assim sofrem inúmeras metamorfoses, derivações e novos segmentos à base de seus sedimentos. Enfim, no fundo no fundo tudo é Rock N’Roll!
Esse gênero é tão forte e tão apaixonante que é impossível apontar um único ícone ou um rei para o Rock. Logicamente que em cada época uma personalidade era eleita como tal, mas as bandas subseqüentes sempre provocaram a erosão no passado, tornando-se assim os “novos melhores do mundo”, e essa é a lógica da parada, a música vai seguir deslumbrando a todos e escrevendo novas histórias e novos ídolos para seus seguidores.
O mais importante é que não nos fechemos em uma só banda, em uma só época, ou em um só gênero, e o rock propicia esse sincretismo, devido a numerosidade de gêneros e influências, que nem posso citá-las se não serei injusto com muitos deles.
O que posso concluir é que hoje se comemora o aniversário de algo que está imortalizado na história pelos LP’s, CD’s, DVD’s, Pôsteres, contos, drogas, paixões, lembranças, sangue, política, eras, cobiças, ira, amor, regionalismo, universalidade, miscigenação e tudo isso somado aos demais sentimentos podem dar uma breve idéia do que é o Rock N’Roll, algo indefinível.
Sendo assim é em vão continuar falando do indescritível e inenarrável, o que fica é o amor pelo estilo e pelos ícones que marcaram gerações e foram protagonistas nas vidas de muitas pessoas, sem contar os movimentos sociais que foram alimentados por guitarras políticas e pelo grito do povo.
Até posso julgar como bom ou ruim um som, mas hoje vale tudo em nome da homenagem. Então, parabéns a todos que de algum modo mantêm vivo o espírito do Rock N’Roll, que de Led Zeppelin até The Strokes e de Mutantes até Los Hermanos nunca deixaram de cumprir com a principal função da música: EMOCIONAR!

p.s. Fiquem aí com um clássico dos Beatles, que para muitos foi a melhor banda de todos os tempos...


Revolution

You say you want a revolution
Well you know
We all want to change the world
You tell me that it's evolution
Well you know
We all want to change the world
But when you talk about destruction
Don't you know you can count me out
Don't you know it's gonna be
Alright Alright Alright
You say you got a real solution
Well you know
We'd all love to see the plan
You ask me for a contribution
Well you know
We're all doing what we can
But if you want money for people with minds that hate
All I can tell you is brother you have to wait
Don't you know it's gonna be
Alright Alright Alright
You say you'll change the constitution
Well you know
We'd all love to change your head
You tell me it's the institution
Well you know
You'd better free your mind instead
But if you go carrying pictures of Chairman Mao
You ain't going to make it with anyone anyhow
Don't you know it's gonna be
Alright Alright Alright
oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, alright,alright, alright, alright, alright, alright, alright,alright, alright, alright, alright, alright...
Lennon / McCarney

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Afundando...

Eu tenho um segredo pra contar
Tão forte que nem sei dizer
Pesado demais pra guardar
E lindo demais pra esconder

Até já pensei em trancar
Agora não há mais por quê
Assim como nem quis rimar
Vou mostrar só pra você

Não sei se vou conseguir
Fazê-lo em forma de versos
Se não, vou explodir
As minas de sonhos internos

Somo a ansiedade ao temor
Pois vai que você não gosta
Nem resistirei a tal dor
Acho que ninguém suporta

Comecei a escrever empolgado
Almejando expressar o que sinto
Termino o poema frustrado
Por ter que seguir fingindo

Sinto-me alguém que está perdido
Afogando-me nos próprios desejos
Com um norte reduzido
Ao tamanho dos segredos...

terça-feira, 10 de julho de 2007

Provações...

“Vivemos em uma sociedade competitiva, onde vencem os mais capacitados, sobrevivem os mais fortes, aparecem os mais belos, se confortam os mais ricos, e blá-blá-blá...”. Esse é o discurso atual de um mundo capitalista, baseado numa redoma de soberba e arrogância, além de fazer uma distribuição errônea, não apenas do dinheiro, mas também de direitos, obrigações e até mesmo condições dignas de se viver.
O mais interessante é saber que todos os humanos, independente de cor, sexo, classe social ou religião, surgiram do mesmo ponto inicial, e hoje todo mundo faz questão de renegar esse marco.Isso gera uma situação onde ninguém quer mais se misturar, e ninguém precisa resolver os problemas humanitários, por que afinal de contas, “não é da conta de ninguém” ou “o problema é seu”, enfim, esse festival de muralhas que cercam as vidas e vedam o olhos de quem se acha melhor que os outros. Resultado final é uma estagnação social, onde você nasce rico e normalmente morrerá rico, ou você nasce pobre e fatalmente morrerá pobre.
Remédio pra isso? Sinceramente, não conheço. Pelo menos até a mentalidade mudar de forma uniforme, o que é muito improvável. Bom, mas se você, assim como eu, não for rico, então lamento informar que estamos fadados a estudar até o fim de nossas vidas, e depois de termos adquirido muito conhecimento, vamos simplesmente vencer na vida, correto? Mais uma vez, não é bem por aí. E o que impede isso de concretizar-se são as malditas provas de concursos e vestibulares.
Problema crônico de nosso país, afinal, aqui além, de não haver médicos nos hospitais, policiais nas ruas, também sofremos com a falta de vagas nas universidades e no funcionalismo público. Daí é só estudar e passar, correto? Não! Como um bloco de papel com algumas questões grotescas pode querer medir tudo o que você sabe? Como ele pode julgar se você está apto a ser feliz ou não? Como ele vai ser compreensivo se você acordar com um mal-estar no dia do teste? Respostas fatídicas e cruéis.
“E assim caminha a humanidade”... Sendo testada e reprimida. Infelizmente ninguém faz nada pra mudar essa cena e continua jogando o destino nas mãos de um bloco de papel.

p.s. Essa postagem é pra todos que esbarramos nas barreiras impostas pelo mundo atual, no caso mais explícito, o acesso ao ensino superior gratuito por intermédio do vestibular.

Grato...

É hora do reconhecimento
Não dá pra fingir mais um pouco
Dar um tempo no egocentrismo
E aceitar que nada somos
Vazios sem a esperança
Vazios quando muito esperançosos
Busco o equilíbrio adequado
Sozinho, penderei para um lado
Preciso do auxílio ilustre
Daquele que nunca me esqueceu
Daquele que nunca mais lembrei
Há tempos nem o cogito
Confiro os resultados à mim mesmo
Pobre mortal egoísta
Mal sabe que sequer é figurante do universo
Mas sempre há tempo pra redimir-se
Aqui estou
Bastante envergonhado pela demora
Porém satisfeito pela atitude
Venho agradecer de coração
Por tudo que consegui
Pelo que há de vir
E também pelo que perdi
Pois quem sabe tudo será reposto
Primeiro as desculpas...
Agora o agradecimento
Obrigado àquele que rege o universo
Ou você acha que é fruto da sua imaginação?