segunda-feira, 11 de maio de 2009

Cravados...

Pensava ser imortal
Descobri que morro
Que me mordo
Que me mato
Que me escondo
E nunca me acho
Não sei onde encontro
Nem sei onde encaixo
Só sei que despejo
O que não suporto
Não cabe em mim
Nem em ninguém
É densa e escura
Fumaça urbana e leviana
Só eu vejo
Na minha noite
Na noite delas
Sem sonhos e planos
Sem rosas e perfumes
Agora é só eu
Eu e Deus
Eu e as Flores
Flor cravada no meu peito
Que sangra em seu vaso
Que floresce nas artérias
E frutifica na dor
É boa flor
De luz... De-Lis ou Dis-sabor
Sabor de "até o fim".