domingo, 31 de maio de 2009

Casinha...

Letras e verbos
Repelem-se inversos
À flor da pele
Ao som da relva
Mesclas de cores
Em pingos de signos
Púlpitos nos olhos
Que em cada tom piscam
Sensações que constróem
As paredes do meu peito
Pintadas pelo sorriso
E habita pelo sorriso
É o nó do homem só
Levantar a casa do pó
Esquecer tudo o que foi de cor
Para aprender um amor maior

domingo, 24 de maio de 2009

Construção noturna...

Eu sei
Mas faz parte da construção
Os tijolos nunca ficam embaixo do chão
E o teto nunca vai sustentar os paredes
Até que a casa caia
Aí tudo vira pó
O vento dá e leva
Até que aquilo faça parte
De outras casas
Que viram lares
Onde moram dores
E pessoas sós
Sem seus amores

Fim de noite...

Razos sonhos de noite pouca
Poucas noites de luz branca
Brancas faces de sorrisos certos
Certas mãos que pequenas foram

Fomos nós os que vivemos
Vivo agora de passo em passo
Passo os dias pensando em formas
Formando o gesto do descompasso

Minha mente engessou meu andar
Ando então a procurar pular
Pulo com os movimentos presos
Prendo o peito do choro velho

Novos atos pretendo ter
Tendo a noção de todo o tempo
Tempo que move como um alguém
Alguém de algum lugar que já fui

Fomos nós
Fui eu
Agora quem?
Já não sei mais

sábado, 23 de maio de 2009

Sol com fé...

É a mistura da beleza
Com a mais pura natureza
Areia em mim
O sal em nós
Um pouco do muito
Do mundo feroz
Que arde nas minhas costas
E faz com que pule a maré
Na manhã depois da chuva
Que traz a junção
Do sol com a fé
Depois de tanta disputa
Quero a paz
Do sol com a fé
Em meio a tudo confuso
Quero a lucidez
Do sol com a fé
E os amores que vão e que vem
Só param no colo
Do sol com a fé

Ocupação na reitoria - 22/05/2009

Na manhã da última sexta-feira, dia 22/05, cerca de 25 estudantes se reuniram na reitoria da Universidade Federal do Ceará para participar da reunião do CEPE. Chegando ao local, os estudantes se depararam com um cordão de isolamento na frente da porta que dava acesso ao local da reunião, o que demonstra a “receptividade” do REItor com relação aos estudantes. Após algumas negociações e quando foi provado que não havia nenhuma norma que proibisse o acesso dos alunos a qualquer reunião na Universidade, tivemos o acesso liberado.
Ao iniciar a reunião, após a fala sobre o que seria votado naquela manhã, o companheiro Thiago Arruda se inscreveu e teve o direito a voz. Arruda defendeu que antes dos 19 cursos serem aprovados naquela reunião, houvesse um espaço para o debate sobre o projeto desses cursos, que por sinal não existem de forma concreta. Seria óbvio, pois em qualquer lugar do mundo que sugere democracia, primeiro debate-se para depois votar algo. Porém, a opinião de Thiago e dos demais estudantes foi esmagada pelo conselho que de maneira unânime desconsiderou a nossa intenção. Engraçado, mas não é de se estranhar esse posicionamento em um espaço que, em regime democrático, não tem a menor legitimidade.
Além disso, é de se frisar a posição do DCE, que a todo momento foi contra o nosso posicionamento, logo não defendendo o direito dos alunos em discutir o REUNI. É estranho compreender essa posição do diretório, pois se sabe que, no Congresso dos Estudantes, foi dado como contrária a aprovação dos alunos ao projeto REUNI. Afinal de contas, quem o DCE representa? DCE (Diretório Central de Quem?)
Bom, o companheiro Arruda conseguiu entregar nas mãos do REItor a proposta de discussão do projeto de expansão na UFC e nesse manifesto há uma convocação dos alunos e da sociedade para discutir os pontos do REUNI, pois o nosso posicionamento é a favor da criação de vagas e de novos cursos, mas eles devem ter a qualidade assegurada, o que não ocorre com o REUNI.
Após sermos triturados em votação, foi decidido que sairiamos da reunião, pois aquele não era um espaço legítimo. Ao sairmos, com canções do movimento, nos deparamos com uns outros vinte estudantes que estavam do lado de fora da reitoria. Eles estavam do lado de lá do famoso “cordão de isolamento”, o que reitera o posicionamento da Universidade em barrar os estudantes dos espaços a que nos é de direito. Após muita discussão sobre o nosso direito de entrar, os estudantes que continuavam a andar em direção a porta, foram empurrados e agredidos pelos seguranças da UFC. Após esse festival de barbárie (comum na Universidade Federal do Ceará), os estudantes conseguiram entrar no espaço que é nosso!
É importante ressaltar que a culpa não é dos seguranças. A culpa das agressões não está com aqueles guardas patrimonialistas terceirizados, pois eles só recebem ordens. A grande culpa disso tudo está na política e na visão que a REItoria tem em relação aos seus alunos. Cansamos de ser agredidos pela Universidade, sem contar com vários relatos de atitudes homofóbicas e constrangedoras em diversos espaços da Universidade. Temos que verificar se os espaços públicos estão sendo respeitados como tal.
Os estudantes tiveram uma conversa com a Pró-reitora de assuntos estudantis, que disponibilizou-se a responder todas as questões que foram apontadas a ela naquele momento. Ou seja, temos uma garantia, que fora registrada pela imprensa, de que essa política da UFC deve ser reavaliada, pois o estudante não estava ali para apanhar, mas para garantir que sua voz seja reverberada no espaço que já é dele.
Resumindo, o projeto foi entregue, garantindo-se como apartidário e a favor da expansão universitária. O que queremos é discutir essa expansão e garantir que ela vai ser acompanhada por uma qualidade real. Não queremos estender o sucateamento para todo o estado do Ceará. Queremos que o interior tenha uma boa universidade e ótimas condições para estudar. Coisas que esse projeto REUNI não garante. Então, não dá para continuar aceitando esse festival de aprovação de cursos em bloco, sem projetos, sem infra-estrutura garantida, sem verba proporcionalmente superior. Não dá para aceitar que a Universidade Federal do Ceará seja tão arbitrária ao ponto de abrir concursos para cursos que sequer foram aprovados. Então para que votar?
Então, todos estão convocados para a Assembléia Geral que discutirá um projeto real de expansão com qualidade para a UFC. Todos, incluindo: sociedade, estudantes, professores, demais conselheiros do CEPE e também o magnífico REItor. O debate ocorrerá no dia 03/06/2009 às 14h na REItoria. Desde já, destaco a participação de todos os estudantes, para que possamos formar um modelo que contemple de fato a sociedade cearense e garante uma Universidade Pública interessante a todos e que não sirva só para alimentar a propaganda eleitoral com números e mais números.
Queremos o debate! Queremos um projeto real e que aponte qualidade na expansão! Essa é uma bandeira do Movimento Estudantil: Expansão real e com qualidade!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Lição...

A poesia não tem cor, não tem forma, não tem gênero e não tem mentira. Ela é minha. Ela fui eu e, se preciso, por muito será. Ninguém pode desclassificar uma e dizer o quanto ela vale. Só alguém que pagaria por amor poderia pagar por uma poesia. Só alguém que não comeria por desgosto não comeria poesia. Só alguém que pragueja contra a pessoa amada não faria da poesia algo bento.
Entristeço-me por saber que o pouco do muito que fiz, valeu para ser o tudo que julgam agora. Poderia ser pior. Poderia usar o corpo como instrumento em benefício do meu prazer. Poderia usar um coração como instrumento de meu aquecimento. Poderia usar uma boca em prol da minha sede. Poderia usar uma forma para formar a minha que desfez-se. Mas não. Eu escrevo. Eu escrevo. Eu escrevo. Eu escrevo...
Se julgas o amor distante, aqui é POESIA. Então sinta que assim será, tendo em vista não machucar ninguém e nem arrepender-me da tinta desperdiçada.
O amor não se esvai, se escreve, se inscreve e se descreve: em forma de versos, sabemos.
Nunca julgue a dor de um poeta, pois ela só dói de letra-em-letra e nunca mais parodie os versos que não teve capacidade de sentir como fora escrito.
Viva a liberdade que tenho de escrever e de enredar os meus sentimentos, que (não) são confusos em mim. Se o coração grita de um lado, a convivência e o corpo berram de outro. E no conflito quase que Freudiano, controlando as pulsões que deveriam ser só sentimentos, encerro aqui dizendo: Os amores não passam, não acabam, não se escondem e não morrem. No máximo, se guardam ou fingem ser sobrepostos pelo tempo e pela distância.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Ir para aqui...

A vida que passa
Sem licenças para quem
Vê-la desse modo
É como interpretar
Conhecer os caminhos
As elipses que de nós nasceram
Nas brechas do concreto
Com certo ar de invasão
Num passo que passa a Flor
Num passo que passa a Estrela
Num passo que passa a Moça
Passemos então
Para sermos a própria descrição
Densas como Tal
Fixas como São
Vamos e ficamos aqui mesmo

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Desconstruo...

Vibro na estática
De quem se desfez
Para se refazer
Pulo ao chão
Que piso com as mãos
Para me readaptar
Danço enquanto durmo
Faço par comigo
Para ouvir o silêncio
Leio tudo o que nem escreveram
Com letras borradas
Para esquecer o que foi de cor
Bebo o sangue branco
Fumando até as pontas
Para tragar o esquecimento
Logo, me acho
Perdido

domingo, 17 de maio de 2009

Esquina doente...

Essa é a dor do querer
De lembrar o que se sente
Mas não se pega
Não se cheira
É tudo meio real
Mais ou menos ideal
A realidade virou sonho
É triste
É nosso
Compramos
Um pouco da dor
Sem preço
De tão eterno que se é
Sentir o calor da frase
O fervor do nunca mais

Na sombra do azul

Etílico...
Etéreo...
É fora que fico...
De dentro me cerco...
Não sei se posto...
Ou se guardo para mim...
Mas acho que gosto...
De pontos assim...
São sete, não é?
Em tábuas virtuais...
De toda uma vida...
Que ficou para trás...
Aproveite o tempo que for...
Da sombra do tempo que fui...
Nem sei por que se lembrou...
De ligar mesmo assim para mim

Reunião de Departamento - 12/05/2009

Meus queridos amigos de curso, volto aqui para fazer um breve relato sobre a nossa última reunião de Departamento... reunião... reuneão... Pôxa, fiquei confuso agora, tal como a nossa ata que iniciou mais essa cômica reunião, trocando REUNI por REUNE. Bom, mas isso é o de menos, pois no lugar em que todos aqueles professores se REUNEM a ata é apenas uma figurante.
Bom, para iniciar, redundantemente, tenho que dizer que a reunião atrasou. Era 15h25 e só tinham chegado os professores Haguette e Jakson, enquanto todos os outros chegaram num bloco só. Ê tradição! E o mais engraçado foi o momento “marketing”, quando todos se sentaram, antes mesmo de dar início às pautas, houve uma série de propagandas. Primeiro, o professor César Barreira falou um pouco sobre a sua chapa na eleição para a ADUFC e, em seguida, a Professora Maria Luísa falou sobre o Crítica Radical.
Enquanto falava, o professor César apontou alguns projetos de sua gestão, como a criação de um cineclub(e)[?] e de promover alguma forma de socialização do conhecimento gerado pelos professores. Mas quando fora questionado sobre a posição social da ADUFC, como um sindicato, ou seja, a função que ela pode ter para a sociedade, o professor deixou a desejar, tendo em vista não ser um ponto tão importante assim, no que toca a propostas para professores universitários. Conclui-se que também as propostas demonstram um “desposicionamento” dessa ala da universidade, em temas como cotas ou o próprio REUNI. Estranho, mas acontece.
Já na fala de Maria Luísa, houve um certo receio, por motivos que só os olhos dos presentes conseguiriam descrever. Desculpem, mas dá muita vontade de rir, enquanto digito isso. A professora deixou claro o apoio da Unifor no projeto, inclusive cedendo o local para os eventos do grupo. Porém, Haguette, no auge de sua experiência, alerta a professora: “Cuidado, a Unifor pode querer cooptar vocês”.
Em seguida, houve a apresentação da nova gestão do Departamento, que já vai dar início a brilhante e inexplicavelmente tardia idéia de se criar um site para o nosso curso, com o auxílio do professor Jakson Aquino. O Professor Cristian e o Professor Fleming sugeriram que os professores mandassem os programas das disciplinas que eles deram, para então os alunos poderem entender que autores e que textos eles vão ver em cada disciplina, para então, quem sabe, diminuir o arrependimento após a matrícula. Considero uma ótima idéia, sobretudo por que foi deixado claro a autonomia do professor em alterar o programa, respeitando a ementa (claro!). Porém, na hora de falar sobre a necessidade dos professores em enviar essas informações, o som foi de “cri-cri-cri-cri”... ou “Se for para todos os professores fazerem, não conte com isso”. Mas fica a expectativa de haver esse compartilhamento dos programas, até para evitar que os textos se repitam em cadeiras simultâneas... Logo, também é válido como uma forma de planejamento de aulas, pois como diria a professora Sulamita “aqui é tudo espedaçado” ou Haguette “Foi do tempo em que a coesão era maior”.
Depois disso, só pontos foram pontuados e REUNIdos na pauta. Falou-se da abertura do edital para o cargo de professor de Antropologia e também sobre a aquisição de novos equipamentos para o Departamento, como mesa de som para o auditório e ar-condicionado para a sala 08. Imaginem vocês se a Professora Simone Simões descobre que eles querem colocar ar-condicionado na sala 08, acho que ela iria enlouquecer ou dizer que “em 36 anos de magistério nunca viu algo tão atrevido”. Também houveram defesas de deixar um datashow e um computador em cada sala... pausa... respira... pausa... respira... UM POR SALA. Tudo bem, na Ècole de Lyon, quem sabe. E também sugeriram trancar as salas, até que alguém (inominável) falou: “E onde as pessoas farão sexo?”. Taí. (pausa... respira... pausa..)
Depois disso, me retirei da sala para evoluir a fase oral, apontada por Freud, fumando um pouco nos corredores, até achar melhor cuidar de assuntos internacionais, ou seja, não voltei à reunião, mas no decorrer do dia peguei as outras pautas que foram apresentadas.
Falaram sobre a licença sabática da Professora Irlys Barreira, que será de 15/08/2009 até 14/01/2009. Também falaram, a exemplo da reunião anterior, que marcarão uma data para a discussão do novo projeto pedagógico do Professor Uribam. Um dia, sem data. Vai chegar. Inclusive, com uma dessas discussões abertas aos alunos. Interessante, mesmo sem saber quando.
Também foi falado sobre o projeto da Professora Linda Gondim e sobre o nosso Departamento de Ciências Sociais da UFC que irá sediar o Encontro de Ciências Sociais e o Encontro de Professores de Sociologia, que ocorrerão em novembro do ano corrente. Olha só, o nosso Departamento vai se movimentar no fim do ano e é importante a mobilização dos alunos para contribuir e compreender os eventos como algo nosso.
Bom, meus queridos, por ora é isso mesmo.
Ah! Antes de encerrar, queria parabenizar os alunos do curso, que estavam presentes na reunião, pois, de início, pareciam estar em maior quantidade que os próprios professores. Falo isso, pois é importante haver essa representação indo além da REPRESENTAÇÃO DISCENTE OFICIAL. Até por que os alunos podem decidir e pensar coisas que professor nenhum conseguiria. Enfim, fiquei feliz em ver aquele monte de aluno ali naquela sala, valeu à pena pôr medo neles. Hehehehe... inclusive vimos a preocupação de alguns professores dizendo assim: “O que vocês estão tramando aí”. Aí eu respondi: “Nada, mas temos um refém”, me referindo ao professor Jackson que estava ao nosso lado. Engraçado, mas após essa fala o Professor saiu de perto da gente e pôs-se ao lado dos outros professores... Hehehehehe
Viva!
Um abraço a todos que pacientemente leram isso.
Boa noite a todos, agora vou dormir para ficar sóbrio para logo mais. Desnecessário? Talvez. Fazer o que então.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Cravados...

Pensava ser imortal
Descobri que morro
Que me mordo
Que me mato
Que me escondo
E nunca me acho
Não sei onde encontro
Nem sei onde encaixo
Só sei que despejo
O que não suporto
Não cabe em mim
Nem em ninguém
É densa e escura
Fumaça urbana e leviana
Só eu vejo
Na minha noite
Na noite delas
Sem sonhos e planos
Sem rosas e perfumes
Agora é só eu
Eu e Deus
Eu e as Flores
Flor cravada no meu peito
Que sangra em seu vaso
Que floresce nas artérias
E frutifica na dor
É boa flor
De luz... De-Lis ou Dis-sabor
Sabor de "até o fim".

domingo, 10 de maio de 2009

Dor de amor...

Quente que nem sei
É o corpo que encontrei
Respiro de perto para saber
Toco como em brasa
Firo o rosto
Perco a barba
Aos poucos volto a dedilhar
E meus dedos também sentem
Gemem todos os dez
Trazendo o gosto para a língua
Fogo agora nas palavras
Foram incineradas em mais uma tarde
Daquelas...
Quentes...
Dolorosas...
Que rompem o que já fora rompido
Que queima o que já pega fogo
Que dói o que já se ama

sábado, 9 de maio de 2009

Viva aos sonhos do acordado...

É como se tudo o que pensei, fosse apenas tudo o que pensei. O chão do amor é o que se pisa, mas os pés não medem a força dos passos sozinhos. Preciso pensar... dormir... chorar... sorrir... Aí quem sabe volte a pisar, não no mesmo chão, pois este já foi acimentado. Quero ter condições de um dia me sentir seguro para cavar e lá plantar "sementes de além mais" e "sementes de apesar de tudo", com o fim de colher flores de amor, paz e liberdade.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

De volta...

Não sei se será
Não sei o que é
Quem dera o que foi
Pro bem de qualquer
De dentro e de fora
Eu sinto o destino
Dando passo-a-passo
Num tango argentino
A dança que quis
Nem escolhe parceiros
Só pisam afins
Dos beijos ligeiros
Foi assim que se deu
O Tal do destino
Mais forte que eu
Um homem-menino
Que sonha
Que chora
Que ama
Livre, agora. (?)

terça-feira, 5 de maio de 2009

Nova flor...

Num passo pequeno
A noite voltou com outros olhos
Meio me vendo em verdes
Quase enxerguei seu cheiro
E a flor que balança por perto
Soprou do vento que entendo
Fez forte no toque das pétalas
No espaço de cada abraço
Éramos eu
Éramos nós
De línguas diferentes e iguais
De olhares de fome e de paz
De um corpo seu e meu
Por isso o jardim sorriu
Com a Flor que hoje nasceu