sábado, 22 de dezembro de 2007

Terminal...

A espera de quem sabe
Que o incerto é mais seguro
Trancado e sem as chaves
Desse presídio sem muros
Trânsito pra ele é livre
Contanto que seja covarde
Temendo ver pelas frestas
E a luz abalar sua íris
Tudo por uma assinatura
Valendo um tempo de vida
Seria gerada não fosse
Os vôos que o deixam sozinho
E ela lhe disse “destino”
Em seus ouvidos soou normal
Entrega-se fácil ao destino
Prende a alma e o corpo no terminal
Agora está completamente incompleto
Sem pátria
Sem casa
Sem a história
Restou-lhe ouvir o mais duro
Covarde
Foge à guerra
Aceita esse mal
Tem inveja do futuro
Chama por factual
Quem sabe não faz outra arte
Para sentir-se mais genial
Um jazz pra tocar no final
Talvez... em lata.