sábado, 8 de dezembro de 2007

Franco noturno...

Faz parte de um sistema
Enlaçado a qualquer parte
Controle do meu corpo
Que só geme e se retrai
Como galhos tortuosos
No calor da emoção
Que faz frio por sol demais
Contorce-se no vazio
Em busca de sustentação
Na acidez de meu penar
Reflete o opaco homem
Instável no leito de morte
Durante o dia se acha vivo
Ao lado da mulher amada
Com amigos e até sorte
Porém a noite só avista
Os seios do próprio agouro
Inseridos na falta de sono
Às vezes quando vem traz um presente
O pesadelo de alguns tempos
Do gordo que devoraria meu sossego
Destruiria minha casa
Usurpando o pouco que sobrou
Para ser Franco, nada falta
Prefiro nem dormir para não encará-lo
Medo é só o que sinto

Ojeriza àquele senhor
Pretendente por apagar a última luz do meu lar