sábado, 10 de novembro de 2007

Pesos...

Ah! Que vontade de morte
Se viver só me angustia
Até com o amor
Falta-me muita sorte
Não há nada que não traga dor
E junto com a notícia ruim
Vem junto o azar, o vício e o ardor
E a carga que suporta a lágrima
Não tenho que ser forte
Mesmo que com fogo na ponta
Respiro o mal que é meu suporte
Um trago de tudo que é ruim
Voltou a fazes sua função
Apaziguar minha alma
Amaciar meu coração
Tornar denso meus pulmões
Com a máscara da ilusão
É tudo para me enganar
Às vezes controla mais que o cérebro
Sentimento farsante
Que me deixa menos deprimente
Completamente químico
Disfarces de um intransigente
Sei que estou errado
Mas se não fizer, eu choro
E lagrimas corrompem os nervos
Daí vão abrir um buraco na alma
Mostrando o que agora sou
Um frágil covarde
Exposto às moscas
Traído dentro da própria casa
Uma facada no peito
Decepando o sorriso
Evidenciando tripas infelizes
Eu não me perdôo por nada
Por ter sido tolo
E não enxergar meus próprios olhos
Estar vivo é um detalhe
Um retrato da minha noção
Click: sem sentido
Sem sobriedade, sem noção
Um morto em carne viva
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