segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Big-death feliz...

Vermes às mesas
Cegam pratos às vistas
Mordendo bocas às lambidas
Coçando as peles em cremes
Pulsando a dor decadente
De quem esbanja os sorrisos
Dos dentes que cerram vidas
Sem largar da comida
Eles não têm fome
Mas morreriam para comer
Espíritos podres in vitro
O sentido humano petrificado
E os cachorros lambem os restos
Que para muitos seria o banquete
Se faca fosse estilete
Ou garfo fosse um tridente
Juro que se os fast-foods
Arrancassem dente por dente
Ou instiga-se o vômito
Do lanchinho burguês
Quem sabe os vermes deixassem
Os pobres parasitarem
Lambendo o chão
Na imaginação, nutriria