quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Murmúrios Deodoro, De mim mesmo...

Maldita quarta-quinta
Que só feriou minha calma
Deixando um quinto da alma em chamas
E queimando o resto sem dó
Proclamou a impaciência de novo
Com a espada insone diária
Sou Marechal da covardia
Até sigo o rumo histórico
Um poltrão acordo comigo mesmo
Serei mais um a fugir do rei
E se ousasse enfrentá-lo
Dava um berro no vácuo
Basta que eu ouça
O som que me acalenta
-Eis a minha amenidade
está de pé a minha República
de todo cidadão covarde
que já faz parte da derrota
e sangra a corda da cidade
Vai ficar guardado o sabor
Do suor que pinguei deitado
Em um dia que até quando dormi
Num abismo fui lançado
Encontrando no fundo um poço
Que no seu fim tinha uma luz
E era fogo
Que incinerou meu sorriso
Mais um dia negro
De brancos olhos cansados