domingo, 28 de outubro de 2007

A canção do nasciturno...

As madrugadas não são as mesmas
Perderam a obscuridade
Por conta da sua pele alva
A insônia já não é a mesma
E dorme pelos cantos
Nem resiste ao seu afago
O pranto já não é o mesmo
Se ainda insiste em molhar
Logo evapora no seu respirar
A dor já não é a mesma
As feridas se fecharam
Com sua mão fez cicatriz
O cansaço já não é o mesmo
Agora só descansa
Perto do seu corpo em abraço
A boca já não é tão seca
Umedece os lábios
Nos seus beijos caudalosos
O espírito já não é o mesmo
Desistiu de vagar sem rumo
Encontrando você por vigiar
Nem o destino é mais o mesmo
Jogou a toalha de vez
Não quer mais lhe afastar
Nada é como antes
Exceto um detalhe
Que por pouco se perdeu
Mas resolvou achar-se
Na chance que a vida deu
De corrigir os erros
Que ninguém cometeu
E de renascer o amor
Que nunca sequer morreu