quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Dia em branco...

Não sei dos riscos do meu trajeto
Se é longo, se é curto
Se curvo ou reto

Não sei se dos carros eu desviei
Ao passar na rua
Quando atravessei

Não sei qual o gosto do meu almoço
Se doce ou salgado
Azedo ou insosso

Não sei se confundo as músicas com os ventos
Só ouço o sopro
Sem vozes e sem instrumentos

Não sei se desisto e esqueço quem sou
- “N vou dsculpe”
Como você me falou

Não sei se atendo ao meu orgulho
Se jogo tudo fora
E no pranto mergulho

Não sei se troquei a noite pelo dia
Só sei que meu consolo
É aqui na poesia

Não sei se você fez por querer
Mas doeu de repente
Nem queira saber

Não se você queria que soasse assim
Mas é como se descumprisse a promessa
E descontasse tudo em mim

Não sei se você só precisa de um tempo
Mas um instante sem ti
Já vira um tormento

Eu até hoje não sei lhe negar
Se é para o seu bem
Então tenha o tempo que precisar

Não sei se o teu coração esqueceu
Se foi, eu lhe lembro
O meu amor é pra sempre seu

Quebro a linha do poema
Que expressa minha tristeza
Pra dizer que eu te amo
E não quero que esqueça

Só que agora está doendo
Dá vontade de chorar
Preciso de um dia
Pra secar e aflorar

Florescer minha coragem
Enxugar a minha dor
Aí sim abrir a porta
Entregar-te o meu amor

É simples e complicado
Bem difícil de explicar
O dia que não sei nada
Que não seja te ajudar

Agora volto pra casa
Vou sarar minha ferida
Só não recuse minha mão
Que pra sempre está estendida

Amo você!