quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Bagunça...

Está tudo bagunçado
Como se me perdesse diariamente
Minha casa é estranha
O quarto trocou com a sala
Que preferia o banheiro
E agora dá para o corredor
As ruas esqueço dos nomes
Até mesmo a que moro
Nem o bairro ou a cidade
Quem governa ou quem reside
As placas não fazem sentido
Indicam tudo no lado contrário
Dentro de mim também mexeu
O coração já dissolveu
Nas veias se perdeu
O cérebro ainda se sustenta
Como um tonto no ar
Mas ainda tem algo consciente
Minhas pernas permanecem
E até cumprem seu papel
Andando sem reclamações
Elas me levam até você
Esse é o meu dia quando vou te encontrar
Deixo tudo revirado
Pra você com um sorriso
Colocar as coisas em ordem
Tudo em seu devido lugar
No seu lugar...