sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Gole ardente...

Cachaça é como um verso
Que regozija-se por estrofes
De verso em verso
De gole em gole
À cada rodada
Há uma sensação sensata
Pois desce ardendo
Engole-se rimas
Engolimos todos
Num sopro de saudade
Sem sentir falta
Pois só o que falta
É o que faz falta
Agora? Andar pra frente
Não tem remédio
Porém receita
Peço mais uma dose
E um cinzeiro limpo
Pra sujar e gastar
Ao passo que se limpa a alma
Economizando juízo
É gole...
Também amor.