quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

É preciso abrir novas frentes...

Confesso que fiquei bastante irritado com o sensacionalismo do programa, começando pela escolha do título do vídeo, e com a capacidade de estimular comentários higienizadores e classistas que possui o apresentador, através de uma abordagem extremamente violenta e irresponsável, transpassando, inclusive, o limite do simbólico. Todavia, não podemos deixar de comentar e analisar o que se passa nesse vídeo. Uma realidade local, capaz de envolver diversas camadas de poder. Vemos aí uma relação que não se limita à prostituição e "consumidores" (não sei um termo mais adequado). Temos uma ligação direta com tráfico de drogas, conivência e extorsão policial, dependência química e outras questões da saúde, inexistência de soluções (ou sequer de olhares) por parte do poder público, inerte atuação comunitária no sentido da passividade ao fato, a influência da mídia na formação de uma opinião de crítica atrofiada e de juízo de valor hipertrofiado, dentre outras dimensões. O que nos resta discutir de que maneiras e em que frentes podemos nos movimentar em prol de todas as vidas humanas contidas nesse ciclo além de sermos meros telespectadores? Honestamente, não sei a resposta. Contudo, não quero permanecer apenas assistindo e depois mudando de canal.

Veja o vídeo em: http://www.youtube.com/watch?v=oi6-sCvtjhw