quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

A fuga dos olhos...

Furtiva como a própria noite
Chegou sem rodeios
Não disse o motivo
Nem ouviu meus apelos
Foi no grito da calada
Em reação desanimada
Que os juízes desocupados
Roubaram os meus olhos
E agora sem eles?
Já que são os únicos
Que vêem a mim mesmo
Lançam luz por todo o corpo
Um olhar fechado e afagante
Ora intrépido e tremulante
Até sorri em olhos brilhantes
Manda nos meus
Como se recrutasse para o mesmo foco
Tomara que voltes amanhã
Pois uma noite a mais assim
Seria a cegueira da minha vida
Ou talvez pior
A primeira vista da minha morte