quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Aos anjos verdes...

Teus demônios se soltaram
Romperam as amarras com os dentes
Chuparam os grilhões por fome
Sedentos, agora me querem
Eles buscam endereço
Queriam saber onde moro?
Procurem na lista telefônica
Não me acharão
Meu nome não está em nada
Nunca fora gravado
Pois ninguém sabe escrevê-lo
Alfabetos perdidos nas fronteiras
Entre o inferno e as comunas
Têm medo, não é?
Pavor pela igualdade
E nem tente me interromper
Senão decepo tuas asas
Com essas mão calejadas
Que rasgaram teu capital
Como uma ação normal
Tenho desejos arrancando seus chifres
Jogando na sua cara
A culpa por todo o caos
Os milhões que morreram por teus milhões
O sangue é vermelho, lembra?
Verde é apenas a cor da tua alma hepática
Pena de você e dos seus
Em que no peito pulsa uma lama hostil
Tão macabra, que nunca mais voarás