segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Escada...

Por lá eu posso te seguir
Subindo ou descendo
Perto te acho
Quase juntos
Sem diferir o eu de você
Um passo para baixo
Meu peito se rasga
Se vamos para cima
Um corte na alma
São feridas de tanto prazer
Que me deixam em coma
Confundindo a própria morte
Com o máximo de viver
É saboroso o corpo
Quando pára na escada
Lambo, cheiro e mordo
Como se fosse o último minuto
A última chance
Derradeiros degraus
Que não saem da minha mente
Marcando minhas lembranças
Vivas no escuro
Decorando todos os corredores
De corrimãos antropomorfizados
Eles pulsavam, eu sei
Dilatando os vasos
Expandindo teu corpo quente
Quem dera ser meu
Ao menos entre os primeiros andares