sábado, 11 de agosto de 2007

Vingo...

Não vou guardar rancor
Nem conservar a mágoa
Mas vou tirar o amor
E transformar o sonho em água
Água que ninguém bebe
E se tomar, engasga
Quente e fria ao mesmo tempo
Salubre, suja e ácida
Tudo se transforma
Princípio da Biologia
Sorriso em dor
Amor em ódio
Não dá pra fazer nada
Ainda sinto as chagas
Feridas ao exposto
Amostra livre e grátis
Alguém quer rir de onde dói?
Conheço alguém que quer
Aquela que me furou
Desabotoando a rosa do amor
Selecionando os espinhos
Pra depois, em mim, cravar
Tá dentro, sinto e choro
Lágrimas... Dentes e unhas cravados
Será que ela se arrependeu?
De repente de mim lembrou
Ou veio buscar os espinhos
Ou então buscar meu sentimento
Agora não vou advinhar
Nem perguntar
Deixa tocar...
Deixa chamar...
Enquanto não cicatriza
Fico só na leitura
E deixo tocar...
deixo chamar...
Mesmo que eu ainda assuma
Que só o que sei é te amar
Vou deixar tocar...
Deixar chamar...
Se vai vingar
Ou se vai vingança
Deixa tocar...
Deixa chamar...
Esse amor é tão velho
Já esperou tanto tempo
Que pode deixar tocar...
Deixar chamar...
Até por que nesse momento
Não sei o que te falar
Então eu deixo tocar...
Deixo chamar...
Você mesmo falou
Sou eu quem decido
Pois deixe tocar...
Deixe chamar...
Se ainda vai me ligar
Espere um pouco mais
Porém nunca vou desligar
Meu coração do seu
E até lá...
Vou deixando tocar...
Deixando chamar...
Ouvindo a chamada
E querendo chorar