sexta-feira, 29 de junho de 2007

Aragem...

O cair da chuva é fulminante
Sempre implica no pensar
Fonte infinita de idéias
Inspirações à cada pingo
Somadas ao espírito noturno
E à sensação de saudades
Solução perfeita para uma poesia
Palavras oriundas de uma felicidade intrínseca
Alegria que raramente alcancei
E que hoje me tomou irrefutavelmente
Tudo por uma voz
Tudo por um som
Tudo pela chuva que voltou a cair
E depois de muito tempo
Tornando a semear o amor no meu peito
Aspergindo uma certeza de bonança
Que poderá vir em torrentes
Nada melhor que sentir-se no páreo
Achar a réstia de luz
Prestes a iluminar o improvável
À ponto de criar escrita no escuro
Movido pela esperança de que quando tudo clarear-se
A verdade enfim vai surgir
E translucidar tudo que era opaco
Novamente feliz...
Vou à chuva me molhar
Encharcando meus temores
Já que gostas do meu nome
Mais ainda do meu ar.