quinta-feira, 21 de junho de 2007

12Km

A distância é o bastante
O suficiente para findar
Fim de uma vida
Bastante para nos desmascarar
Ninguém tem o controle da vida
Sabemos viver
Mas da morte nada conhecemos
E nunca conheceremos
Quando ela chegar
Não estaremos mais
Somos imortais
Arrogância imortal!
A vida também é imortal
Somos imortais por toda vida
E vivos até suportarmos a carga máxima
Ou vivos até renegarmos a carga mínima
Frágeis é o que somos
À espera do fim
Esse é o único sentido
Viver entregue à sorte
Aguardando o único dia previsto
Dia do fim
Hora da morte
Infelizmente ela é cruel
E faz o que tememos
Acontece sem avisar
E depois de mortos, nem percebemos.
Daí em diante...
????
Quem deixar de viver... verá...
Ou...

p.s. Poesia inspirada no trágico acidente ocorrido no Rio de Janeiro, onde um engenheiro foi assassinado, repentinamente, por um tiro de fuzil, enquanto abastecia o seu carro.
Dois quilômetros eram a distancia que o separava do local do tiroteio. Os veículos de comunicação denominam o fato como “bala perdida”. A bala encontrou seu destino, o que se perdeu foi a vida.
Fica o ressentimento por mais uma vida que se foi sem avisos. E fica também a prece por dias melhores e mais justos, onde ao menos a morte seja respeitada, já que o respeito pela vida já foi extinto há tempos.

p.s. Fica essa letra que encaixa-se nos dias de hoje...

O CALIBRE
Os Paralamas do Sucesso

Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei, daonde vem o tiro (2x)
Por que caminhos você vai e volta?
aonde você nunca vai
e que esquinas você nunca para?
à que horas você nunca sai?
Há quanto tempo você sente medo?
Quantos amigos você ja perdeu?
Enfrigerado vivendo em segredo
e ainda diz que não é problema seu
E a vida já não é mais vida
no caos ninguém é cidadão
as promessas foram esquecidas
Não há estado, não há mais nação
perdido em números de guerra
rezando por dias de paz
não ve que a sua vida aqui se encerra
com uma nota curta nos jornais
Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei, daonde vem o tiro (2x)
Por que caminhos você vai e volta?
aonde você nunca vai
e que esquinas você nunca para?
a que horas você nunca sai?
Há quanto tempo você sente medo?
Quantos amigos você ja perdeu?
Enfrigerado vivendo em segredo
e ainda diz que não é problema seu
A vida já não é mais vida
no caos ninguém é cidadão
as promessas foram esquecidas
Não há estado, não há mais nação
perdido em números de guerra
rezando por dias de paz
não ve que a sua vida aqui se encerra
com uma nota curta nos jornais
Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei, daonde vem o tiro (2x)
eu vivo sem saber...até quando ainda estou vivo