quarta-feira, 1 de abril de 2009

Que venham as folhas...

A gente se senta
E não sente
O hálito do riso
As cores do abrigo
Sobra esse soluço vil
Em conta de pouco
Por dentre as lembranças
Saudades que pedi
Ofereci-me
Porém não assim
Parece sem fim
A faca em suas mãos
Cravadas em mim
Fui eu quem pedi, Moça
Ser só sem sentir dó
Sem seu ou meu
Sofrendo a dor de quem colheu
Colhi e escolhi
Se hoje dói mais em você
Queira Deus que destrua só a mim
Aos poucos, melhor
Plante meus restinhos no jardim
Deixe a tampa aberta
- Quero ainda ver o céu
As árvores que ainda restam
Uma delas ainda é verde
Tem fruto, eu sei
E a folha dela é tão sincera
Tremula, sem noção do que vou ver