quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sabor do vento...

E onde quer que ela não esteja
Será só
Só será assim, pois, assim, só é.

A flor que caiu do alto
Abriu-se a noite
E mordeu o céu

Aquela que de tanta boca
Comeu os espinhos
E os floresceu

É a boca do acaso
É a boca da saudade
A boca que mordeu
A boca que sentiu o que não é seu

E de quem é o sabor?
Da boca que experimenta?
Da boca que se apresenta?
Ou da boca que nos sustenta?

O sabor é de quem quer sentir
No amar e buscar um pouco
Daquilo que permitir