Cá, ponga...

Mar que se quebra no agir
Bate-nos de onda em onda
Sempre antes de desistir
Respiro e chamo: Cá, Ponga...

Falcatruas do sentir...

Silêncio corrupto
Corrói minha voz
Desvia o que penso
Finge e omite o que sinto
Não fiz o que disse
Nem disse, pois não fiz
As palavras se incham
Se prendem na garganta
Sufocam minhas intenções
Queimam meu devir
Uma gastrite causada
De sentidos visados
Por uma atitude ingênua
Da inocente crueldade
Doce amargo sem dó
Azedo ácido penar
Que as horas passem
Sem pudor
Que o dia morra
No amar
E que tudo volte
A ser como antes
Até a próxima vez

Pelos bons tempos...

Entre letras e risos
Os bichos se vêem
Sentam-se e riem
Como se ontem fosse há pouco
E se o instante é tão louco
Que não sabem se creem
Que o passado que veem
Passou como rios
E no engano das linhas
Gozamos do que fomos
Frescamos com o que somos
E nadaremos até sermos
Os únicos sobreviventes
De um tempo que sempre será
E me mesmo que digam: adeus...
Tudo sabe onde se encontrar
E só sabemos de tudo
Pois nunca ninguém nos disse
Tendo por nós que o bom da existência
É viver em busca da próxima coincidência
Que se fará numa amanhã, incerto!?
Mas se tudo o que resta
É uma moldura simples e cara
De tudo aquilo que nos vê!

Escrita com meu grande amigo Madjer Pontes, em uma tarde nas bibliotecas da vida...

Relatoria da reunião da coordenação de 22/03/11

Reunião do Colegiado da Coordenação – Realizada no dia 22 de março de 2011


Pautas: - Eleições para os novos coordenadores;

- Preparação para o Seminário.



Na primeira pauta, os Professores Domingos Abreu e Uribam Xavier destacaram que seus mandatos terminarão no dia 31/03 e, inclusive, já tomaram providências a fim de garantir o cerceamento do depósito referente à gratificação da função. Todavia, ambos se comprometem a auxiliar, pelo tempo que for necessário, os seus substitutos, sobretudo, nas questões relacionadas à operação no sistema.

Em seguida, após algumas defesas de propostas pertinentes aos métodos que serão utilizados nas eleições, uma decisão ficou estabelecida consensualmente. Acordou-se que, de maneira temporária, o Professor Uribam Xavier permanecerá na coordenação do curso noturno e os membros do colegiado da coordenação farão um revezamento no plantão da Coordenação até as eleições serem consumadas.

Por fim, a segunda pauta misturou-se com a primeira, pois combinou-se que as eleições devem ocorrer no último dia do Seminário de Avaliação do Projeto Político Pedagógico do curso diurno em Ciências Sociais. Este seminário ocorrerá nos dias 18, 19 e 20 de abril. A ideia é que o seminário, além de cumprir com a função auto explicativa no título, garanta uma espécie de catalização dos propósitos de mudança envoltos na atual conjuntura de nosso Departamento. Portanto, é provável que durante o seminário bandeiras, quase que naturais, se levantem e, por consequencia, nomes possam aparecer como candidaturas para assumir as coordenações.

Por fim, registro a presença durante toda a reunião dos Professores Domingos Abreu, Danielle Nilin, Geísa Mattos, Isabelle Peixoto, George Paulino, Uribam Xavier e Leonardo de Sá (o novo coordenador da área da Sociologia, a partir de 01 de abril). Na representação estudantil, estava Márcio Benevides.


Fortaleza, 23 de março de 2011.

Um trago e "let's go"...

Sempre em frente
Já me disseram
Não olhe pra trás
Cansei de ouvir
A vida segue
Um tanto quanto imperativo
Quem ficar, sai
Gestos de anti-covardia
O que sei é que
Nos delírios da noite
Na apreciação das telhas
No invôco diário com os mosquitos
É que me lembro que parou
Parou de doer
Só lateja
Parou de chorar
Só soluça
Parei de sentir
Só a amo
Parei de sonhar
Só vivo
E vivo estou
Pra dizer que vou seguir
Sim!
Cada clichê dos primeiros versos
Cada lição que diz que é tudo igual
Cada sentido que ninguém sabe
Mas entendem
Eles entendem
Em nome da chance pela vida
Começarei a vê-la como sistema
Um sistema de repetições
Onde quem quiser
Espera pela próxima volta
Espera pelo novo ciclo
Espero pela nova desculpa
Desculpa que perdoe
Desculpa para seguir

Terra no pé...

A certeza que larguei
O não existir que criei
Saudades de desejar
De não me programar
Pois tudo já estava posto
Agora...
Hum, uma vontade de ir
Mas não sei por onde
Nem com quem
Tampouco como
Essa problemática cansa
Dá ânsia
Uma agitação estável
Que chacoalha o cérebro
E suga a mente pra...
Como chama esse negócio...
É... pô, lembra aí...
Pra vida real!
Exato!
Hoje, abrindo mão de tudo
Sinto-me na vida real
Seca
Pura
Incerta
Fragmentada
E absolutamente real
Livre as paixões platônicas
Livre das esperanças teóricas
Livre das utopias de outrora
E agora com os pés no chão
Melhorou?
"Ah, vida real...
como é que eu troco de canal?".