quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Poesia do morador...

Cidade que a dizem bela
Professora de minhas noites
Escrava dos teus próprios filhos
Bastardos, mas ainda
Dos que fugiram da seca
E que, por ti, seco ainda são
Madame do vigor
Que pulsa em três cores
Primárias, por que quero
Teu solo não é mais em baixo?
Tuas ruas para onde dão?
Como mover-me então?
Meu motor é o meu temor
O receio dos pedais de terror
Assustam o próprio susto
Ah! Maldita sensação
De fazer-me em sangue
Nos tão ditos tempos líquidos
Sim, é medo!
Tensão por ainda amar-te em meio a tudo
Apesar de tudo
Contudo
Ainda és a minha amada e adotada
Minha acolhida e insólita Fortaleza