quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Poesia do morador...
Professora de minhas noites
Escrava dos teus próprios filhos
Bastardos, mas ainda
Dos que fugiram da seca
E que, por ti, seco ainda são
Madame do vigor
Que pulsa em três cores
Primárias, por que quero
Teu solo não é mais em baixo?
Tuas ruas para onde dão?
Como mover-me então?
Meu motor é o meu temor
O receio dos pedais de terror
Assustam o próprio susto
Ah! Maldita sensação
De fazer-me em sangue
Nos tão ditos tempos líquidos
Sim, é medo!
Tensão por ainda amar-te em meio a tudo
Apesar de tudo
Contudo
Ainda és a minha amada e adotada
Minha acolhida e insólita Fortaleza
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Sem título, mas com nome...
A grande explicação para as coisas inexplicáveis
O grande motivo para as coisas sem motivo
As grandes desculpas para as coisas indesculpáveis
Os grandes toques nas coisas intocáveis
O grande sentido para as coisas desprezíveis
O grande argumento para coisas que não valem a pena comentar
O grande som das coisas inaudíveis
O grande olhar para as coisas imperceptíveis
As grandes palavras para as coisas que não foram ditas
O grande perfume das coisas que fedem
O grande avanço das coisas que pararam
O grande minuto do tempo que passou e persiste
É você
O único motivo para os versos que eram apenas coisas
O único sacrifício que não fere
O único esforço que nem sinto
A única a me ferir com beijos
A única a me fazer feliz por perder
A única que me obriga a ser feliz
Tentamos
Tentemos
E a lógica?
Forjemos
Até que não sejamos mais as únicas barreiras de nossas vidas
Está perto, eu sinto.