terça-feira, 17 de novembro de 2009

Desabafo...

Escrever
Moldar-se
Forjar o que está
Dizer o que sinto
Tristeza
Nas raspas de giz
Ardoroso nariz
Sem forças
Magreza
Titubeio
É dor que solapa
É mais que fumaça
É o escárnio do meu ócio
Saudade
Um esquivo para o próprio fim
Queria tanto resolver
Dormir um pouco, talvez
Queria apenas um SIM
Para aliviar o tal fim
Para mim?
Não há
Eramos nós
E hoje?
Eramos
Preciso
Saudade ao quadrado
A dor de encontrar-se enclausurado
Ó liberdade... !?!?!?!
Doce ilusão
A solidão é amarga e viril
Imponente e cruel
Que nos faz sentir que o sentimento é mais
Bem mais
Mais que eu, reconheço
Que essas letras sem controle
Que meus dedos insistem em escrever
Saudades
Da Branca que vence o branco
Da Branca, Dona do Acalanto
Da Branca, que em tantos anos
Segue-me ensinando
Que amar pode ser errado
Se não há cultivo
A florzinha murcha
E um dia de sol
Vira dia das bruxas
Hoje vou rezar
Até chover novamente
E a florzinha branca crescer
Mostrando-me que o amor
É a própria liberdade
É o próprio crescer e viver