É como se minha alma
Fosse um grande buraco
Onde meto minha calma
E aos poucos me mato
É como se o amor
Fosse o mastro do mundo
Ancorado na dor
Nas correntezas do absurdo
É como se chorar
Fosse o único chão
Molhando a água do mar
Incendiando o vulcão
É como se o próprio fim
Fosse o lugar em que estamos
Trancados e presos assim
Na liberdade que pensamos