domingo, 12 de julho de 2009

Fala!

Pensei e busquei ser livre
Livrei-me e me vi mais preso
Prendi-me de volta ao meu amor
Amando senti-me livre de verdade
A verdade é que o amor liberta
A verdade é que não fui poeta
A verdade é que a porta está aberta
A verdade é que é incorreta

Era como se fosse tudo a esmo
Esmolando o pão de cada sorriso
Sorrindo um dia de cada vez
Vendo o que via e não queria
Agora quero ser livre para ela
Ela e eu presos na nossa liberdade
Presos em nossa poesia
Presos em nossas teimosias
Presos à vontade de nos amarmos e libertarmos

Quanta confusão...
Em meio a tudo isso ainda questiono
Pergunto o que você pensa
E você só diz:
- Tá certo!

As articulações doem, não é?
O poeta é o ortopedista das palavras
Quando elas não se movem
Ele as movimenta
Ele faz massagem para que fluam como o som

Fale, Amor
Fale amor
Fale do amor
Fale amando

Diga e não deixe
Diga e não me deixe
Diga, não deixe!
Diga e não nos deixe ir novamente

É mais uma chance de alguém...
Subir
Olhar
Falar
Amar
e
Viver

E
M
P
A
Z