terça-feira, 31 de março de 2009

1ª reunião de departamento...

A minha primeira reunião de departamento foi algo já inesquecível ou pelo menos inesquecível até que venha a segunda. Ah! Como meu amigo Jorge tinha razão sobre tudo isto! Bom, mas a proposta da escrita nessa madrugada é de fazer um relatório sobre o ocorrido, então se segue o próprio.
Inicialmente, foi posto que os dias 02 e 03 de abril seriam considerados um recesso, conforme o calendário da própria Universidade. Logo, alguns professores já deixaram claro que não iriam liberar os alunos para o evento, pois eles certamente não iriam participar. A professora Sulamita considerou a atitude dos alunos como “de colégio” e declarou sua posição contrária ao recesso. O professor Domingos aproveitou para expor sua insatisfação com o mês de abril, que só disponibilizava a metade de cada semana para haver aulas, devido a tantos feriados e eventos, como a Semana Santa, Tiradentes e Semana de Humanidades.
Aliás, a Semana de Humanidades foi alvo de fortes críticas, pois não faz parte do calendário universitário, no sentido de ser considerado um recesso. Isso alimentou mais ainda a posição dos professores que são incondicionalmente a favor das aulas e que não crêem em vida inteligente fora do Departamento. Aí quando tudo parecia estar caótico, expus que ainda haveria o ERECS e que boa parte dos alunos iria estar ausente. Logo, o professor Valmir suspira e diz: “É um problema”...
Sucintamente, altera-se a pauta! Agora o tema é a segurança no curso noturno, pois outro dia houve um caso em que um homem pôs o revolver na cabeça do segurança. Porém, o professor Uribam Xavier, para tranqüilizar a situação, diz que ele só queria roubar a arma do segurança e nada mais... Pois é... Depois todos combinaram em melhorar a iluminação (obviamente deficiente) e que iriam estabelecer um certo controle na entrada do curso, como o fechamento do portão lateral. Bom, mas é como disse o professor Estevão, sempre houve aula à noite neste departamento, só que agora há mais gente, portanto precisa-se ampliar o esquema de segurança. Mas, mais uma vez na tentativa de acalmar os presentes, Uribam disse que já falou com o Fernando Henrique Cardoso (na verdade, Carvalho) e que conversou pessoalmente com o segurança noturno chamado Jimmy Carter... Estevão intervém e diz: - Só falta vir o Obama e o Clinton... Muda-se a pauta.
Houve as homologações de Mário Benevides (não é meu irmão) como professor de Sociologia, com a carga horária de 20h/semana por ser aluno da pós-graduação e de George Paulino em Antropologia, escolhido por uma mesa composta pelas professoras Simone e Isabelle. Em meio a homologações, tomaram “posse” os professores Cristian e Domingos como, respectivamente, Chefe e Vice-Chefe de Departamento, Alexandre Flemming como Coordenador do curso diurno e Uribam Xavier como Coordenador do curso noturno. Ainda nesse âmbito, foi posto que haverá um concurso para a vaga de professor em Ciência Política e tudo indica que será muito em breve para que a crise não estrague tudo.
O professor Uribam instiga o debate sobre uma nova política pedagógica que poderá culminar em: reforma curricular, mudanças na Licenciatura e a inclusão de novas disciplinas, angariadas, sobretudo, pelo novo e finalmente professor de Ciência Política Jackson Aquino. Ficou acordado que os professores marcariam uma data para elevar essa discussão.
Por fim, a representante discente Brenda e os professores Domingos, Sulamita e Estevão parabenizam a gestão de Valmir na Chefia do Departamento de Ciências Sociais, que durante dois anos cumpriu muito bem as atribuições do cargo, sempre mostrando-se muito solícito e com um comportamento excepcional com os alunos e com os demais professores, sem jamais abrir mão de sua atuação em sala de aula.
É... Acho que foi isso... São 17h10, final de reunião. Agora só me resta um cigarro para esquecer a cerveja do almoço e a conclusão que não cheguei. Acho que tudo é mais ou menos como um protocolo bem-mal definido e cristalizado, do tipo: “Quem concorda permaneça parado exatamente onde está”. Uma coisa posso garantir, a voz insiste em ecoar e como diria uma bela flor que conheço: “primeiro estranha-se, depois entranha-se” e assim será, pois é isso que um representante dos alunos deve fazer, entranhar-se na maquina que também é nossa.
Obrigado pela atenção de todos que se entranharam por aqui... Até lá...

sábado, 28 de março de 2009

Jardim da praia...

Menina da praia
Flor-ida de areia
Passeia no vem-to
Respira a má-ré
Cravada em meio à orla
Encontro a Flor teimosa
Que cheiro de mar
Que cheiro de pólen

Que pólen salgado
Que água rosada
E é você assim
O jardim da praia
Um início manhoso
Um corte sem fim
Ferindo meus olhos
Ira-dos do Sol
Da Luz...
Da própria Flor do mar...

Balançar...

A vida é um balanço indeciso entre o sabor e o dissabor. Um pêndulo desvairado e iludido em pairar no centro de seu trajeto. Está fora do alcance e é preciso se conscientizar que outrora fomos o doce e agora somos o amargo.
Diante da fragilidade e da condição de público que somos do nosso próprio espetáculo, resta-nos seguir com o credo do amanhã que fatalmente virá e do passado mais recente que se fora sem despedida. Será que há chances? Ou o melhor é sentar-se e deixar as correntes do balanço nos guiarem até que... Até que... Até que nós saibamos mais se somos ou fomos.
E o vai-e-vem será lúcido, finito e até...

domingo, 22 de março de 2009

Vento quente...

Vento quente no meio do nada
Recolhe-se frio em toda parada
Não deixe que o ritmo fuja
Não exite em ir mais rápido
Seque as gotas de meu suor
Mova meus cabelos secos
Só não diga que não tolera
Pois tudo podia ter sido evitado
Vento quente, se enxerga
Não rivalize com a frieza
Seja sempre tal nó cego
Grosso tanto que reflete
Por favor, vento quente
Repita uma vez mais
Mas não me poupe de chover

sexta-feira, 20 de março de 2009

Atestado...

Esta penumbra urbana
Que aflinge meu "eu mesmo"

Confesso, temo em retornar
Abrir mão dos sonhos
Ou talvez delírios
Foi bom adoecer, sabe?
Senti-me um pouco de tudo
Um pouco livre

Um pouco rico
Um pouco apaixonado
Um pouco cego
Só via flores e eu
No "jardim-que-acordei"
Deus existe
Enquanto eu morro
Pela força ou pela folha
Quiça a boa flor-de-lis...
E como cheira à vida e cravo.