sábado, 5 de abril de 2008

Devagar...

Estas letras cintilantes
De contornos suicidas
Andam perdidas entre os dedos
E de tanto vagar
Perderam o sentido e a rima
Parecem sombras letra a letra
Sem a noção do verso seguinte
Talvez em busca da claridão
Que dê amparo ao pensar
Será triste a mente vaga?
Será alegre a mente fértil?
Depende do que se pense
Ou então do que se esqueça
Assim então preparo minha defesa
Nessa mente ôca de hoje
Abdico do pensar
Para que no ritmo da tinta
Os versos soltem-se
Devaguem em mim
Achem meu coração
Quem sabe não as recompense
Afinal, há tempos o procuro
Pois no meio de tanto transtorno
O coração fez-se sangue
E este fez-se choro
Tornando minha mente um palco
De cortinas fechadas
E atores sem texto
Torcendo para melhoras
No meu peito ensaiar