sábado, 26 de abril de 2008

Caqueado...

Pista em construção
Faixas em construção
Símbolos em construção
Olhos em construção
Rosto em construção
Cabeça em construção
Cérebro em construção
Mente em construção
Pensamentos em construção
Sentimentos...
Estes?
Não se constróem
Se vivem
Se contrapõem
Se somam
Se eternizam

sábado, 19 de abril de 2008

Meu amor...

As folhas caem
O sol se deita
As águas se esvaem
O vento se distrai
O tempo se contrai
As pedras se esfacelam
E quase tudo se desfaz
Quase tudo
Nós, não
Às vezes sopra o medo
As pernas tremem
Os olhos vêm a pesar
Mas isso é reflexo do corpo
Cansado de se cansar
Meu coração é forte, moça
Por que você o sustenta
E se você sair, minha moça
Minha vida se afugenta
Então fica comigo, moça
Se tá difícil, reinventa
E ajuda este peito, moça
Pois o amor nele só aumenta

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Doce solidão...

Posso estar só
Mas sou de todo mundo
Por eu ser só um
Ah nem, ah não, ah nem dá
Solidão foge que eu te encontro
Que eu já tenho asas
Isso lá é bom?!
Doce solidão

Marcelo Camelo

sábado, 5 de abril de 2008

Devagar...

Estas letras cintilantes
De contornos suicidas
Andam perdidas entre os dedos
E de tanto vagar
Perderam o sentido e a rima
Parecem sombras letra a letra
Sem a noção do verso seguinte
Talvez em busca da claridão
Que dê amparo ao pensar
Será triste a mente vaga?
Será alegre a mente fértil?
Depende do que se pense
Ou então do que se esqueça
Assim então preparo minha defesa
Nessa mente ôca de hoje
Abdico do pensar
Para que no ritmo da tinta
Os versos soltem-se
Devaguem em mim
Achem meu coração
Quem sabe não as recompense
Afinal, há tempos o procuro
Pois no meio de tanto transtorno
O coração fez-se sangue
E este fez-se choro
Tornando minha mente um palco
De cortinas fechadas
E atores sem texto
Torcendo para melhoras
No meu peito ensaiar