quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Sem Fidel?

19 de fevereiro de 2008, foi o último dia de atuação de um mito vivo. O líder cubano, Fidel Castro, prestes a completar sua quarta década como chefe de estado na ilha, renunciou ao cargo, segundo ele, por problemas de saúde.
Fidel é um dos maiores expoentes da luta socialista em toda a história, muito embora nunca tenha conseguido aplicar esse sistema político aos moldes de Marx. No início, tentou vários golpes frustrados, até que em 1959, com a ajuda de Ernesto Che Guevara, arrebanhou milhares de cubanos para um golpe de estado, através dos métodos violentos dos focos guerrilheiros.
É fato que a violência não é um método preciso para implantação de uma democracia, mas os cubanos foram movidos por um ódio mortal contra o fantoche dos americanos, Fulgêncio Batista, que transformara o país numa grande casa de jogos, drogas e prostituição.
Talvez esse ódio tenha sido o erro. O povo cubano não foi movido pelos ideais marxistas, mas pela sede de vingança. Fdel foi oportunista e, sabendo da alienação popular, corrompeu-se ao status de ditador e, através de um regime assassino e opressor, matou a última grande possibilidade de se ver o socialismo em ação.
Castro não perdeu o poder hoje, mas es u a RSS se extinuiu. Faltava-lhe apenas a consciência de que não é a auto-propaganda por bons serviços sociais que vai calar o espírito dos que ainda crêem no marxismo.
Mas, entre nós, será mesmo que Castro saiu de cena? Talvez Fidel, mas não Raul. E assim caminha a humanidade para o colapso de tanto poder.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Dança da noite...

Oh! Despertar difícil
Após uma noite de sonhos
Com um suor acordado
De cheiro áspero
Meu nariz não dormiu
Ou o olfato sonhava
Agora dia
A luz nem brilha
Seus tons foram usurpados
Só ficou a cama
Seca e vazia
Ausentes de cores e música
Longe dos passos da bailarina
Que joga as pernas aos céus
E arremessa desejos em mim
São danças quentes
Sincronizadas em nosso descompasso
Pois me faz tremer
Por dentro e por fora
Numa dança em carne viva
Capaz de romper os sons
De tanto silêncio em gemidos
A música se fez dança, que se fez amor.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Semear...

Tempo quente
Regado por minhas lembranças
Do longo passado
Que me fora ontem
Parece até exagero
Mas por muito não é
Uma noite longe é demais

Para quem sempre foi só
Então retorna, amor
Então avança, tempo
Pois a espera me agride
A solidão que me bate
Não pode ficar
Jamais
Prefiro-a longe de vez
Então volta de novo
Meus braços te esperam
Venha colorir nosso jardim
Que antes tinha uma rosa
Agora tem a mais bela flor
Aquela que Deus reservou pra mim

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Redes...

Prefiria mais distante
Quando os olhos me contentavam
Ao fecharem
Eu sei, podia sentir sua pele
Mas daqui, não
Perto demais
Que num só balançar
Ficariamos entrelaçados
Ao ponto de sermos um só
Porém a frieza perdura
A chuva teima
Seria imatura
E a mão que não te alcança
Se afugenta no escuro
Que tremeu de tão clarão
Quando no meio da noite
Você abriu os olhos
E disse: Haja luz
Ou gritou: Haja amor
Balançou os cabelos
Trincou-me um sorriso
E juro por Deus
O amor brotou
Perto, de novo

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Não entendi...

Receitas do agora
Estampadas no prontuário
Que no lado de fora
Derreteu-se no horário
No calor das horas
Do só acompanhado
Dentro do curso dos rios
Faz-se um remo isolado
Precisa de braços
Aceitando a tração
Se o motor não reage
Fica os pés pelas mãos
Corre já em desalinho
Como o desacato que antes desenhou
Não foram as águas que passaram
Foi o rio que estagnou
Por ordens médicas
Talvez
Pois foi seguir o tal prontuário
Então aguente a foz e o delta
Trincar tristes no estuário

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Festinha...

Faces
Feitas
Frases
Fartas
Festas
Flashs
Frontes
Falsos
Físicos
Fora
Fila
Fotografias
Fiéis?
Feridas
Frágeis
Ferem...
Fazem
Frio
Frívolas
Famílias
...
Feias
Fitas
...
Foda!
Fedor
Fatídico
Fim
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